Santo Google!

29 de março de 2010

Imagina você se a história da Chapeuzinho Vermelho fosse verdade, como ela seria contada na imprensa no Brasil?
Veja as diferentes maneiras de contar a mesma história.
E como cada veículo de comunicação tem seu público fiel, cada um dita sua "verdade".

Jornal Nacional
(William Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem..."
(Fátima Bernardes): "...mas a atuação de um lenhador evitou a
tragédia."

Programa da Hebe
"...que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"

Cidade Alerta
(Datena): "...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê
as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!"

Superpop
(Luciana Gimenez): "Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!"

Globo Repórter
(Chamada do programa): "Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no GloboRepórter.."

Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e
sobreviver.


Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.

Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho. *

Revista Nova
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama!

Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): "Veja o que só o lobo viu".

Revista Vip
As 100 mais sexies - desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!

Revista G Magazine
(Ensaio com o lenhador) "O lenhador mostra o machado".

Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte):
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS:
"Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida.
Hoje, sou outra pessoa."

Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?

Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio. *

Folha de São Paulo
Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu
salvador". Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.

O Globo
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.

O Dia
Lenhador desempregado tem dia de herói.

SUPER
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa
vermelha igual a da Chapeuzinho!

Meia hora
Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!

O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.

Correio da Bahia e TV Bahia
"Menina usando um chapeuzinho vermelho é atacada por um lobo e não consegue atendimento em nenhum hospital do Estado. Governador não se manifesta..."



:)

16 de março de 2010

E eu que tenho respostas para tantas coisas, acabo sem a resposta
para a coisa mais importante do mundo, o amor.
Minha maturidade não chegou a esse ponto, saber quem é a pessoa errada
para viver comigo os momentos certos, já que a pessoa certa não existe.
Já encontrei ao longo dos meus 20 anos tantas pessoas especiais,
e mesmo assim muitas vezes não soube enxergar a oportunidade de um
amor tranquilo, da troca sem pedir nada em troca.
Me pergunto apenas quando serei capaz de perceber.
Esse sentimento é tão complexo, sem jogos, sem mentiras, é o sentimento
da verdade, e a verdade ás vezes é difícil de se enxergar.
Então vou vivendo, sem saber ao certo o que é o amor e a quem amar.
Dúvidas.

11 de março de 2010

"Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo"

Se linguagem é língua, é fala, é palavra, ela é também o espaço de uma
organização do mundo que se chama cultura.
Então se a minha linguagem é limitada consequentemente o mundo terá limites,
visto que ela se interliga ao mundo físico, sócio-cultural e psicológico.
Assim a linguagem nos ajuda a interpretar os significados de nossa existência
através dos símbolos, signos e significações.
A linguagem determina os contatos e a ampliação da nossa rede de relacionamentos
pessoais ou não.
Se nós tivermos um discurso limitado não conseguiremos nos comunicar com o mundo, perdemos assim de nos relacionar e assim ficamos presos a nós mesmos.
Os limites da linguagem interferem na abrangência das relações.
De acordo com alguns fatores sociais e de tempo não conseguimos nos comunicar
com pessoas de diferentes nichos, nos bitolando em um certo grupo e nos prendendo
em teias invisíveis.
Os limites do meu mundo são determinados pelo meu desconhecimento das coisas, daí a importanciapor meio da linguagem.
Ultrapassar as barreiras do conhecimento.

"Semiótica também é cultura"
kkkkkkkkkkk.

@marianalins
http://twitter.com/marianaliiins

9 de março de 2010

Somos seres humanos,
Vivemos de medos , medos nos ensinam a viver.
O engraçado é que nos pegamos com os mesmos
medos desde a época em que nascemos.
Um dos nossos primeiros medos é o de cair quando
estamos aprendendo a andar, mas se nós analisarmos bem
perceberemos que nunca paramos de ter medo de cair, dessa vez nos tornando mais
velhos temos medo de cair nos obstáculos que a vida nos impõe.
Mercado de trabalho, um relacionamento que não deu certo,
um investimento que não deu lucros.
Outro grande medo que nos acompanha desde que éramos bebes era o
de ficarmos sozinhos. Quando éramos crianças e percebíamos que estávamos
sós começávamos a chorar, hoje como adultos fazemos o mesmo.
Tínhamos medo de gente estranha, qualquer pessoa que não nos era
familiar já nos causada angustia, nós quando éramos crianças acabávamos
criando barreiras pra conhecer novas pessoas, assim como somos hoje quando
adultos. Criamos barreiras, colocamos verdadeiros muros de Berlim em
relação a pessoas que não conhecemos e também a situações diferentes das nossas.
Quando crianças tínhamos medo do novo, tudo que nos era mostrado e não
reconhecido anteriormente nos causava aflição.
Hoje adultos, continuamos tendo medo do novo, novas situações, novos
lugares, e principalmente medo de tentar tudo de novo.
São milhares de situações que podemos comparar.
Nossos medos nunca deixam de ser nossos, apenas mudam de forma de acordo
com a nossa maturidade, cabe a nós enfrentarmos.
Não se cura, não se molda, apenas existe.
O medo nos ensina a viver.