Ponto e Vírgula

Ei, você ai!
Você mesmo que me lê, mesmo às escondidas, mas me lê.
Você que está na faculdade e ainda não sabe a diferença de “Mas e Mais” de “A gente e Agente”.
É você mesmo cidadão, cidadã brasileira, filha de pai e de mãe e não de chocadeira, que vive, que corre e que fala muita besteira. E lá vou eu com minhas rimas baratas, não me copiem, estou errada.
Você ai! Escritas rebuscadas nem sempre são as melhores, nem sempre palavras difíceis são as mais bonitas.
Pra que tantas aspas minha senhora, deixe-as fora. Use-as se necessário, eu disse necessário.
Você sabe escrever necessário? Ó Deus tantas mulheres cheias de bunda, cabelos, peitos e amigos no Facebook escrevendo errado. Tantos homens bonitos, surfistas, sarados sem saber ao menos o que significa sexagenário.
Calma, não estou dizendo que você precisa andar com nosso amigo Aurélio ao lado, nem com a nova gramática, pra quê?
Nesses novos dias a falta de tempo é corriqueira, disso eu sei.
Não te culpo por isso amigo, afinal eu também sofro desse mal do século.
Mas o que custa Margarida, Teresa, Amélia e Ricardo, abrir o tio Google e jogar no dicionário? Custa menos de 5 segundos, isso eu posso afirmar.
O que custa pegar um livro da biblioteca, da vizinha, da prima, um e-book da internet, e lê-lo? Em casa, nos intervalos, no ônibus, na esteira ou mesmo no troninho, exite sempre um tempinho para três ou quatro páginas.
Gírias, melhor não tê-las, mas sem tê-las, como sabê-las? Usaremos então no vocabulário oratório, com nossos melhores amigos, nas horas exatas das quais não se podem participar chefes, avós e nem desconhecidos. Morô mano? Vlw.
Beije os agudos e os circunflexos, não esqueça da crase, se não ficará sem nexo.
Vírgulas, vírgulas. Ponto de exclamação se quiser gritar! Coerência e coesão.
A arte de escrever faz-se a partir de um exercício diário, do qual só quem pode fazer por você é você mesmo, e quem tende a ganhar além de você, somos nós.Efêmeros leitores.

Na dúvida, ponto.