Santo Google!

23 de março de 2011

De amigos eu só peço verdade, de sentimentos.
Que momentos não sejam momentâneos.
Não sejam vazios como as risadas gritantes.
Que sejam cheios das risadas infinitas, baixas e tremulas,
aquelas que não conseguimos controlar.
De amigos eu peço conselho, e volto a falar em verdade quando
quero respostas, que sejam as mais sinceras, mesmo dolorosas.
Amigos, amigos eu peço, abraços, beijos e tapas.
Quero o afago que só o verdadeiro amigo sabe dar.
A melhor resposta que só ele sabe dizer.
Quero todo o conhecimento que tu tens de mim, e eu tenho de você.
De amigos eu peço perdão, por muitas vezes não ser tão bom amigo
quanto és tão bom amigo.
De amigos eu não escondo, não existem frestas.
Amigos são espelhos da alma, entendem mesmo não aceitando.
Aceitam mesmo não entendendo.
De amigos eu só peço confidências, mão dadas, o olhar.
A ternura do entendimento dos defeitos e qualidades do outro.
A voraz fúria em defesa do irmão.
Irmão que escolhemos e que nos foi dado por Deus.
Força do destino é essa que une pessoas de formas, sabores e cores
tão diferentes, com a mesma missão.
Se ajudar, crescer, ser feliz.
De amigos, só peço amizade.
A mais pura e verdadeira, sem mentiras, sem pudores, sem besteiras.
Amigos eu agradeço, os poucos e bons que conheço.

3 comentários:

  1. * Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

    Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
    A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
    Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
    Deles não quero resposta, quero meu avesso.
    Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
    Para isso, só sendo louco.
    Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
    Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
    Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
    Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
    Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
    Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
    Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
    Não quero amigos adultos nem chatos.
    Quero-os metade infância e outra metade velhice!
    Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
    Tenho amigos para saber quem eu sou.
    Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wild

    ResponderExcluir